A negação é um mecanismo de defesa psíquica que busca dar outro significado a estímulos aversivos ou intoleráveis, oferecendo uma explicação menos dolorosa.
Esse mecanismo tem um valor adaptativo, uma vez que nem sempre estamos preparados para lidar diretamente com situações difíceis, e buscamos formas de nos proteger da dor, inclusive negando-a.
Quando se trata de um rompimento afetivo, que pode ser encarado como um processo de luto, é inevitável experimentar algum nível de sofrimento, variando de acordo com o grau de envolvimento entre os parceiros.
Mesmo em relacionamentos onde o vínculo afetivo é mínimo, o rompimento pode gerar sentimentos de tristeza, já que houve um investimento que não teve sucesso.
É comum que as pessoas recorram a diversas atividades para evitar o confronto com a dor da perda, como passeios, festas, compras, consumo de bebidas, entre outros, como uma forma de afastar temporariamente a dor.
Uma das estratégias mais utilizadas para minimizar a dor da perda é buscar outro parceiro, como uma forma de "fugir da solidão".
Todos esses comportamentos podem ser considerados formas de negação se sua finalidade for buscar consolo após um rompimento afetivo.
A negação se manifesta de várias maneiras, utilizando diferentes máscaras:
- Máscara da indiferença: busca esconder os verdadeiros sentimentos por meio de atitudes aparentemente indiferentes, atribuindo pouca importância ao outro.
- Máscara da hostilidade: quando um sentimento intenso precisa ser dissimulado a qualquer custo, recorrendo à expressão de hostilidade.
- Máscara da polidez: tendência de usar a formalidade como forma de reprimir impulsos e desejos.
- Máscara da vitimização: colocar-se na posição de sofredor, incapaz de reconhecer a própria responsabilidade, atribuindo ao outro toda a culpa pelos problemas enfrentados na relação.
- Máscara da raiva: poderosa ferramenta para transformar sentimentos positivos em negativos.
- Máscara da suposta felicidade: o indivíduo sofredor utiliza todos os recursos possíveis para mostrar que está bem, feliz e não está sofrendo.
Existem muitas outras máscaras que podem ser utilizadas como formas de negação. O importante é reconhecê-las e compreender quando e como estamos usando essas máscaras para lidar com a dor da perda.
Como a psicóloga pode ajudar?
A psicóloga pode desempenhar um papel fundamental em ajudar uma pessoa a lidar com a negação e as consequências emocionais de um rompimento afetivo. Aqui estão algumas maneiras pelas quais a psicóloga pode oferecer suporte:
- Exploração e compreensão: A psicóloga pode ajudar a pessoa a explorar e compreender seus padrões de negação, bem como os mecanismos de defesa utilizados para lidar com o rompimento. Isso envolve identificar as máscaras emocionais adotadas e as motivações subjacentes a esses comportamentos.
- Autoconsciência e autorreflexão: Através de sessões terapêuticas, a psicóloga pode auxiliar a pessoa a desenvolver uma maior autoconsciência sobre suas emoções, pensamentos e comportamentos relacionados ao rompimento. Isso inclui examinar as razões por trás da negação e ajudar a pessoa a reconhecer seus verdadeiros sentimentos e necessidades.
- Processamento emocional: A psicóloga pode criar um espaço seguro para que a pessoa expresse suas emoções relacionadas ao rompimento, incluindo tristeza, raiva, frustração e medo. O processo terapêutico permite que essas emoções sejam exploradas, validadas e processadas de maneira saudável, ajudando na cura emocional.
- Apoio na elaboração do luto: O rompimento afetivo pode ser encarado como um processo de luto, e a psicóloga pode auxiliar a pessoa a atravessar essa fase de forma saudável. Isso envolve compreender as diferentes etapas do luto, como negação, raiva, tristeza e aceitação, e oferecer suporte durante todo o processo.
- Desenvolvimento de estratégias de enfrentamento saudáveis: A psicóloga pode ajudar a pessoa a desenvolver estratégias de enfrentamento saudáveis e eficazes para lidar com a dor da perda. Isso inclui aprender habilidades de autorregulação emocional, técnicas de relaxamento, práticas de autocuidado e estratégias de comunicação assertiva.
- Reconstrução do sentido de identidade: Após um rompimento, muitas vezes é necessário reconstruir o sentido de identidade e autoestima. A psicóloga pode auxiliar a pessoa nesse processo, explorando seus valores, interesses, metas e fortalecendo a autoconfiança.
- Planejamento para o futuro: A psicóloga pode ajudar a pessoa a criar um plano para o futuro, identificando objetivos pessoais e profissionais, cultivando relacionamentos saudáveis e promovendo o crescimento pessoal. Isso ajuda a pessoa a visualizar uma vida além do rompimento e a encontrar esperança e motivação para seguir em frente.
Cada processo terapêutico é único e adaptado às necessidades individuais. A psicóloga oferece um espaço confidencial e acolhedor, onde a pessoa pode explorar seus sentimentos, superar a negação e buscar a cura emocional necessária para seguir em frente após um rompimento afetivo.
Considere sempre procurar um Tratamento Psicológico para navegar por essas complexidades emocionais.
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