Será que você é dependente afetivo?
O Comportamento de dependência é caracterizado pelo conjunto de atitudes emitidas pelo indivíduo que não consegue tomar atitudes básicas sem o aval de uma pessoa.
Os dependentes geralmente elegem uma pessoa para ser sua "figura de importância", com características complementares às sua, para que possam delegar suas decisões, pois isto lhe trará a sensação de segurança, amparo e acolhimento. Até aqui, tudo bem, afinal todos nós apreciamos a segurança emocional.
Os problemas começam justamente quando esta busca pela segurança se torna um vício e a pessoa passa a viver constantemente em busca de aceitação.
Vou usar a metáfora do copo para facilitar o entendimento:
Imagine, por um momento, que todas as pessoas vieram ao mundo com um copo vazio para receber afeto; nós recebemos o afeto, consumimos, o copo se esvazia, nós pedimos mais afeto, o copo fica cheio, consumimos, e el fica vazio de novo, etc.
Quando nosso copo está cheio, sentimos satisfação e segurança; mas o copo do dependete afetivo é furado, ou seja, não importa o quanto de afeto receba, nunca será suficiente, ou melhor, até que ele resolva consertar o copo, terá sempre a sensação de scassez afetiva.
Algumas pessoas só conseguem ser felizes quando estão devidamente amparada, seja por um par romântico, pelos pais, ou por qualquer indivíduo que simbolize um cuidador, não conseguindo sequer conceber a existência longe do seu objeto de adoração.
Parece que “falta o chão” quando esta figura de importância se ausenta, mesmo que por um curo espaço de tempo.
Esta dependência pode ser caracterizada quando algumas pessoas não conseguem agir minimamente sem a presença, palpite ou intervenção do outro.
Não ajuda muito falar "Mas que tal se você direcionasse esta
atenção a si mesmo (a)?"
Afinal o dependente não
concebe outra forma de agir; além disso, aprendeu a ser submisso ao outro e
acredita que esta forma de se relacionar é gratificante.
Por isso é comum que
algumas pessoas não meçam esforços para agradar a figura de importância, em detrimento
de seus interesses, de modo que entregam o controle da sua vida nas mãos da outra pessoa.
Podemos tomar como exemplo
o caso das Mulheres que amam demais: algumas chegam a ser espancadas pelos seus
pares, mas continuam ali, ao seu lado. No entanto tais sacrifícios não
implicam necessariamente em correspondência afetiva.
No entanto, cada um de nós
deve seguir seu caminho, aprendendo a fazer as próprias escolhas, respeitando
os caminhos alheios.
Existem momentos em que é
importante que a relação seja partilhada, mas em outros é fundamental que a
individualidade seja mantida, para garantir a qualidade da relação.
Como lidar?
Uma das formas de elaborar a dependência
afetiva é exercitar o autoconhecimento, buscando a compreensão dos motivos que
te levam a ser dependente.
A
Psicoterapia pode ajudar um dependet afetivo a compreender os bloqueios emocionais que o impedem de usufruir o afeto que recebem com alegria e satisfação.
Alguns autores apontam que este tipo de
comportamento estaria relacionado ao medo da solidão. Sabemos que ninguém
consegue viver sozinho(a) em nenhum âmbito da vida.
E para garantir aceitação
(afetiva e /ou sexual) algumas pessoas negam a si mesmas.
Recuperar a autoestima abalada pode ser um bom começo.
O resgate da
autoestima, pode proporcionar ao indivíduo formas de a gostar mais de si mesmo, aceitando com
naturalidade suas qualidades e defeitos, sem cobrança em demasia, afinal nossa
vida é um aprendizado e não há obstáculo que não possa ser removido: aquilo que
você acha que é defeito hoje, poderá ser qualidade amanhã.
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