A Psicologia do Amor Correspondido
Psicóloga SP Maristela Vallim Botari CRP-SP 06-121677.
Introdução
A Psicologia do Amor Correspondido
Seu amor é correspondido?
Ao perguntar às pessoas em relacionamentos se elas se sentem amadas, a resposta geralmente é "sim". Mas o que as leva a pensar assim?
Paixão
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Intimidade
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Compromisso
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Desejo passageiro
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X
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Amizade
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Companheirismo
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Amor vazio
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Amor romântico
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Paixão fugaz
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Amor consumado
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X
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X
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X
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Inexistência de amor
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- O efeito da dopamina no cérebro é o mesmo da cocaína: provoca bem estar e quando não está disponível, provoca crise de abstinência, por isso que o contato com a pessoa amada produz sensação de bem estar.
- A produção de feniletilamina, contribui para a formação de novas memórias e isto faz com que os apaixonados se recordem de detalhes minúsculos.
- A produção de oxitocina (nas mulheres) e vasopressina (nos homens), favorece a criação de um vínculo mais sólido e duradouro, levando os apaixonados a desenvolverem comportamento de aproximação.
- Em contrapartida, há uma redução na produção de serotonina, o hormônio responsável por reduzir os níveis de estresse. Por conta disso, as pessoas apaixonadas tendem a apresentar ansiedade acima da sua média, nos primeiros meses, desenvolvendo pensamentos obsessivos e ideias compulsivas, como no Transtorno Obsessivo Compulsivo (TOC).
- A testosterona também esta nos dois organismos, porém é menor nas mulheres. Seu efeito é notado pelo aumento da libido na mulheres e sua queda provoca menos agressividade nos homens.
Este processo de apaixonamento costuma levar as pessoas à loucura, pois com a perda parcial do senso crítico há uma tendência à distorção dos fatos.
Os apaixonados tendem a interpretar de forma ampliada os estímulos que se referem ao parceiro afetivo e minimizar os que exigem o uso da lógica.
- Intimidade – implica em partilhar ocorrências boas e ruins, uma vez que envolve a confiança na pessoa amada. Aliás, um dos aspectos que torna esta pessoa tão desejada é o fato de que ela não se mostra ameaçadora, portanto confiável (observe que este conceito de confiabilidade varia de pessoa para pessoa).
- Se a pessoa é confiável, significa que você poderá contar com ela em diversos momentos. A intimidade é diferente da confluência, pois é possível manter uma relação de intimidade com alguém sem fundir-se a ela, mantendo a individualidade.
- Compromisso – é o engajamento na relação que pressupõe levá-la adiante (até onde for possível), buscando a superação de adversidades.
Porém isto ainda não é suficiente, uma vez que estes elementos raramente surgem juntos, ou na mesma intensidade.
É preciso que haja um elemento adicional, que indica, claramente que um indivíduo é amado. Refiro-me à sincronicidade.
Pesquisas recentes (Fredrickson, 2013) apontam que o amor é considerado como uma emoção. Da mesma forma que o medo e a raiva, e não é possível senti-lo o tempo todo, ficando sujeito às modificações do contexto.
As evidências sugerem que quando você realmente tem um ‘clique’ com alguém, uma sincronia momentânea, mas discernível, emerge entre os dois, conforme os gestos, a bioquímica e as descargas neurais, se espelhando um no outro em um padrão que denomino ressonância de positividade. (Fredrickson, apud Araia, 2014).
O amor pode ser cego, mas é inteligente.
Para que ocorra o amor, é necessário que os mecanismos cerebrais, responsáveis pelos comportamentos de interação afetiva estejam devidamente sincronizados, e infelizmente, isto não é um procedimento consciente.
Por isso, não se pode obrigar alguém a amar, se isto não for "neurologicamente possível".
A falta de sincronicidade pode levar muitos indivíduos a investirem em relacionamentos fadados ao fracasso, pois procuram a sincronicidade em comportamentos observáveis, gostos parecidos, etc.
Se a teoria de Fredrickson (2013) estiver correta podemos compreender em partes, o motivo que leva alguns apaixonados (e outras pessoas conectadas entre si) a terem os mesmos comportamentos, mesmo que de forma sutil.
Portanto, a correspondência afetiva não se resume a "fazer coisas juntos". Vai muito além disso. Não é objetiva, e sim, subjetiva. As vezes nem é observável a olho nu.
Nos relacionamentos bem sucedidos a sincronicidade equivale a compreender o outro com um simples olhar, imaginar o que o outro pode pensar sobre determinada situação; é colocar-se no lugar do outro com 100% de precisão; é saber com clareza o que o (a) desagrada, imaginando formas de minimizar situações desconfortáveis.
O amor não compreende julgamentos, pressupostos, desconfianças, mentiras, juízos de valores; pressupõe compreensão; pressupõe sincronicidade!
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Referências:
STERMBERG, R. J. (1986). A triangular theory of love. Psychological Review, 93,
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