EMOÇÕES: o que são e como expressá-las,
Afinal, o que são emoções?
As emoções são sensações intensas e inconscientes que geram atividades nos lobos frontais e são percebidas como sentimento.
Neurônios espelhos
São neurônios responsáveis pela sincronicidade de movimentos e emoções.
Foram descobertos inicialmente na área de planejamento motor dos macacos e também em humanos, ativando-se tanto pela movimentação quanto pela observação do movimento.
Os estudos de Fredrickson (2015), complementam esta teoria afirmando que é possível também sincronizar emoções:
A descoberta dos neurônios-espelhos foi um grande avanço porque nos mostrou que fazer algo e ver alguém fazer algo são muito mais parecidos do que se acreditava anteriormente. Isto significa que se você sabe de algo [...] sabe porque seu cérebro e corpo simularam estar no lugar da pessoa. (p. 54).
Algumas emoções são tão rápidas, que não nos damos conta. É o caso dos desejos que são definidos como um impulso complexo, que reflete fortemente preferências pessoais.
Pesquisas recentes (Fredrickson, 2013) apontam que o amor é considerado uma emoção. Da mesma forma que o medo e a raiva, e não é possível senti-lo o tempo todo, ficando sujeito às modificações do contexto, e não é duradouro e uma cadeia de micromomentos de conexão com outras pessoas.
As evidências sugerem que quando você realmente tem um ‘clique’ com alguém, uma sincronia momentânea, mas discernível, emerge entre os dois, conforme os gestos, a bioquímica e as descargas neurais, se espelhando um no outro em um padrão que denomino ressonância de positividade. (Fredrickson, apud Araia, 2014).
Isto explica em partes, o motivo que leva alguns apaixonados (e outras pessoas conectadas entre si) a terem os mesmos comportamentos, mesmo que de forma sutil. Portanto, a correspondência afetiva não se resume a "fazer coisas juntos". Vai muito além disso. Não é objetiva, e sim, subjetiva. As vezes nem é observável a olho nu.
Como expressar as emoções
Tão importante quanto ter um bom relacionamento (afetivo ou social) é compreender as emoções que sentimos e que os outros sentem.
Infelizmente, não temos na escola uma matéria chamada "educação sentimental" e temos que aprender sobre isso no nosso dia a dia, que obriga-nos a negá-las ou reprimi-las como se a demonstração das emoções fosse sinal de fraqueza.
Para que consigamos vivenciar relacionamentos melhores, é importante expressar adequadamente nossas emoções, o que significa que elas devem obedecer ao momento e ao contexto presente.
Quando estamos com raiva, podemos expressar de forma a não agredir o outro: basta expor o motivo, mantendo o tom de voz firme, porém sereno.
Evite acusações desnecessárias. ao invés de dizer ao outro o que ele causou,(apontar o dedo) seria útil expor como nos sentimos após o insulto e esclarecer o porque aquilo nos insultou. Geralmente quem acusa é percebido como vítima, portanto, como alguém "fraco emocionalmente".
Por exemplo:
Ao invés de:
"você me deixou irritado com seu atraso"
use
"me senti irritado quando você atrasou"
Esta simples mudança de perspectiva nos tira da posição de "vítima" e facilita a compreensão da outra parte.
Comportamento sexual
A relação sexual ganha importância pelo seu poder reprodutivo o que leva à estimulação do sistema de recompensa cerebral.
Ainda não há consenso sobre as áreas relacionadas ao ciúme e outras emoções, pois inúmeros caminhos sinápticos estão envolvidos em sujeitos diferentes.
No homem enciumado, as áreas que mostram mais atividade são as ligadas à sexualidade e agressividade, enquanto na mulher as áreas de maior atividade são os sulcos superiores dos do lobo temporal, área relacionada à linguagem expressiva e compreensiva.
Feniletilamina e dopaminha – relacionam-se com a euforia inicial.
Ocitocina - o seu nível também aumenta após um beijo romântico e, mais ainda, após uma relação sexual.
Outros estudos mostraram que as pessoas ficam muito mais generosas com desconhecidos, após inalaram esta substância, em comparação com outro grupo que apenas recebeu um placebo.
Luto
A elaboração de um luto torna-se complicada em alguns casos porque a lembrança ativa a área do processamento da recompensa e o núcleo accumbens, que produz Dopamina.
Referências
ARAIA, Eduardo. O amor é uma emoção: não é eterno, mas pode ser infinito.[Online]. Disponível em: http://www.brasil247.com/pt/247/revista_oasis/140512/O-amor-%C3%A9-uma-emo%C3%A7%C3%A3o-n%C3%A3o-%C3%A9-eterno-mas-pode-ser-infinito.htm. Acesso em 08 de maio de 2015
FREDRICKSON, Bárbara. Amor 2.0. São Paulo: Cia Editora Nacional, 2015.
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